Ao longo de toda a história da humanidade, a religiosidade corrompeu o coração do homem. No intuito de agradar a Deus ou a deuses do coração, muitos se afastaram do verdadeiro propósito do Criador.
As guerras religiosas da atualidade não começaram agora, não são uma história recente. Desde o início de tudo, o homem se afastou de Deus, e um dos maiores motivos foi a religiosidade. Um exemplo disso é a história de Caim e Abel.
Para você compreender melhor, vamos conhecer um pouco sobre a história de Caim e Abel:
Resumo histórico:
Caim e Abel ofereciam sacrifícios a Deus. Caim, sendo agricultor, ofereceu frutos ao Senhor. Abel, por sua vez, sendo pastor, escolheu o melhor do seu rebanho e levou as partes mais gordas das primeiras crias. Porém, o Senhor não se agradou da oferta de Caim, mas aceitou a de Abel.
“E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante.” (Gênesis 4:3-5)
Nesse momento, Caim se enfureceu contra Abel. No coração de Caim, a intenção não era priorizar o Senhor, mas apenas cumprir um ritual de oferta. Assim, iniciava-se na humanidade a religiosidade. Já no coração de Abel, havia o desejo sincero de oferecer o melhor a Deus, pois Ele já os conhecia. Por isso, a oferta de Abel foi aceita.
É notório que a humanidade não sabe fazer uma escolha certa entre religiosidade e Deus.
E você? Pense conscientemente: o que você acha que escolheu?
Às vezes, pensamos que não somos religiosos. Mas, quando passamos a olhar para o próximo com exclusão, julgando que as pessoas ao nosso redor estão erradas enquanto buscam ao Senhor, e que seus defeitos são um empecilho para alcançar a salvação ou um milagre, esses pequenos detalhes nos tornam religiosos. Isso nos afasta do propósito principal que Deus propôs para a humanidade: a unidade de todas as suas criaturas.
Unidade no sentido de nos enxergarmos como iguais, reconhecendo que todos nós carecemos plenamente de Deus em nossas vidas, pois “dele, por ele e para ele são todas as coisas” (Romanos 11:36). Se diante Dele obedecemos, isso é agradável; mas, se desobedecemos, perecemos em nossas próprias transgressões.
O que fazer então para não sermos religiosos?
Um coração com um amor sincero diante de Deus é mais precioso que a terça parte de seus anjos, e ainda é recíproco. Temos vários exemplos:
Enoque – “Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si.” (Gênesis 5:24)
Abraão – “E creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça, e foi chamado amigo de Deus.” (Tiago 2:23)
João, o apóstolo amado de Jesus – “Um de seus discípulos, a quem Jesus amava, estava reclinado no seio de Jesus.” (João 13:23)
Poderíamos citar inúmeros personagens com características diferentes, mas todos eles obedeciam a Deus, não como uma religião, mas porque eram totalmente dependentes Dele. Sua confiança vinha de Deus e não de obras terrenas, como sacrifícios para agradá-Lo. De cada um deles saía, do interior, o puro desejo de estar ao lado do Criador, independentemente do que Ele proporcionaria.
Mesmo assim, Deus foi generoso em Sua reciprocidade e demonstrou Seu amor com promessas vivas em Cristo Jesus.
Na religiosidade, o homem busca a Deus por algo ou em troca de algo.
Na busca verdadeira por Deus, o homem é recompensado por sua sinceridade.
Se ele não for recompensado, ainda assim fica satisfeito, porque o amor não é interesseiro, como diz Paulo:
“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal.” (1 Coríntios 13:4-5)
Como alcançar essas características?
Somente por meio de Jesus Cristo e com Seu Espírito Santo.
Se você interpretou que este conteúdo tem a intenção de descongregar membros de alguma igreja, então realmente você ainda não teve um encontro com Cristo, muito menos tem o Espírito Santo.
“Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” (1 Coríntios 2:14)